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Num campo temático marcado pelas posições extremas, por petições de princípio e pela anatematização de discursos, de atores e até mesmo de analistas, nada como respirar o ar fresco das interpretações prenhes de riqueza interpretativa, abertas a múltiplos pontos de vista, e, sobretudo, movidas a indagações e instigadas por desvendar o que está em processo de constituição. Este é o partido do livro que o leitor tem nas mãos.
A natureza social das finanças aparece aqui esquadrinhada sob perspectivas distintas, conquanto complementares. Claro que ela aparece apropriada com um primeiro sentido, aquele que lhe foi atribuído pelo debate, mais difundido, sobre as características contemporâneas do capitalismo, a assim chamada “financeirização da economia”. E nada melhor para sublinhar a natureza socialmente construída das finanças que se colocar no olho do furacão, buscando decodificar aquele fenômeno que é a um só tempo criador e criatura nas dinâmicas recentes do “novo capitalismo”, os fundos de pensão. |